MUSEU PORTAS ABERTAS - OBJETOS
E porque vivemos em dias de confinamento, o Museu Municipal ABRIU AS PORTAS e deu-lhe a conhecer objetos que fazem parte do seu espólio museológico.
Através das redes sociais interagimos e convidámos a descobrir, ou até, reencontrar objetos que fizeram parte da nossa história cultural e regional.
Aqui, pretendemos dar a conhecer um pouco mais sobre esses objetos.
1º GARRAFA APANHA MOSCAS
Peça em vidro, aberta inferiormente e com um reservatório no seu interior para depositar vinagre e atrair os indesejados insetos, como as moscas. Antigamente era muito usada nas tabernas e noutros espaços comerciais.
2º DEDEIRAS
Na foto, as dedeiras apresentam-se agrupadas num cordel, era a forma como as guardavam, mas eram usadas uma em cada dedo, para ajudar a proteger os dedos do trabalho duro da lavoura. São feitas de canas cortadas.
3º FERRO OU PRENSA DE HÓSTIA
Esta peça serviu para prensar a quente, hóstias (utilizadas durante a celebração de missas católicas). Foi encontrada no local onde existia a antiga Igreja Matriz de Benavente
4º CORTADOR DE CABELO
É uma objeto que apresenta um grande desgaste, pelo excesso de manuseamento. Servia para o barbeiro cortar cabelo.
5º CADEIA DO AGRIMENSOR
Esta peça esticada tem um comprimento específico de 10 metros. Nas primeiras décadas do século XX era o objeto de medição da atual profissão dos topógrafos.
6º COCHO OU CUCHARRO
Utensílio de cortiça muito usado no campo pelos
trabalhadores rurais. Nos ranchos, todos ansiavam pela sua chegada, pois era com ele que se saciava a sede.
Hoje é mais
conhecido como peça de artesanato.
7º CANDEIA DE AZEITE
Utensílio simples, feito de metal. Este exemplar já percorreu três séculos! Usado durante anos a fio, acompanhou famílias que se juntavam no lar, após um longo dia de trabalho. Utilizado nas casas de antigamente, para iluminar nos afazeres domésticos, como comer, cozinhar, lavar,
conviver, deitar, entre outras tarefas.
Levava azeite no pequeno
depósito circular, uma torcida encharcada no óleo, a sair no bico. Acendia-se
e eis que se fazia luz!
Eram imprescindíveis e hoje são apenas memória.
8º ALFORGE
O seu nome é de origem árabe. De tecido caseiro
(base fazenda de lã), formato retangular, dobrado a meio, formando duas abas
com bolsas nas extremidades. Pendurado ao ombro ou na garupa do cavalo, os
campinos não o dispensavam no seu dia-a-dia, no campo.
9º PODÃO
Peça de dupla lâmina, dum lado em forma de machado, do outro encurvada em bico de gume quase direito. Cabo retilíneo, em madeira. As lâminas, sempre afiadas, obrigavam a que a alfaia estivesse acondicionada numa bolsa de couro, presa à cintura do trabalhador, através do cinto, sempre que não estivesse a ser utilizada.
Era usado para cortar ramos e rebentos das cepas (vinha) e também de outras plantas ou árvores. Mas sobretudo das cepas na época das podas. Daí o nome: podão. Também seria utilizada pelo agricultor nas enxertias das árvores.
10º GASÓMETRO TRADICIONAL
Constituída por 2 reservatórios, no inferior colocavam-se pedras de Carboneto de cálcio (também vulgarmente conhecido por "carbuneto", no reservatório superior levava água. Uma válvula regulava o envio de pequenas porções de água para o reservatório inferior e provocava uma reação química no contacto com o Carboneto de cálcio. Desta reação era libertado um gás, o "Acetileno". Este saia pelo bico da peça e era infamado, produzindo luz. Este utensílio de iluminação era usado nas minas, feiras e também em estabelecimentos comerciais.