ATIVIDADES DE SERVIÇO EDUCATIVO | EXPLORAMOS O TRAJE TRADICIONAL
As atividades de serviço educativo continuam, apresentamos agora a maleta do traje tradicional às turmas de 3º ano do Agrupamento de Escolas de Benavente.
Através de um conjunto de pequenos manequins em madeira vestidos de acordo com os trajes tradicionais e ainda de réplicas que os alunos podem envergar, exploramos o vestuário tradicional de forma lúdica.
O traje tradicional dos campos da Borda d’Água na 1ª metade do século XX, tem características particulares permitindo a individualização desta vasta região ribatejana. Condicionados pelos trabalhos agrícolas, os trajes masculinos e os femininos evidenciam uma clara simplicidade, privilegiando aspetos de carácter funcional. Sem grandes adornos e atavios, homens e mulheres, envergavam ao Domingo ou nos dias festivos os melhores trajes que possuíam. No caso feminino, uma blusa mais elaborada e o avental bordado e, no que aos homens respeitava, era o melhor fato aquele que envergavam, enriquecendo-o com a jaqueta de alamares, a corrente do relógio e o melhor chapéu.
No
quotidiano masculino o traje permitia a identificação do trabalho realizado por
quem o envergava, pelo que encontramos fatos de polaina para os trabalhadores
rurais e fatos de campino. Podemos ainda destacar o traje utilizado pelo
fazendeiro e a especificidade do trajar do ceifeiro.
Para
as mulheres o traje do trabalho cobria-lhes quase na totalidade o corpo, além
da saia, da blusa, do avental e do lenço, os canos e os canhões eram utilizados
para protegerem as pernas e os braços nos trabalhos do campo. Como peça sempre
presente neste traje evidencia-se a utilização de uma cinta com o objetivo de
fazer subir a saia no decurso dos trabalhos agrícolas.
No
universo infantil, o traje igualmente confecionado em casa, pouco diferia do
utilizado pelos adultos. Eram frequentes as roupas da primeira infância
engenhadas a partir de peças de vestuário já existentes.
São
estes os trajes femininos e masculinos de festa e de trabalho, os fatos de
casamento, a roupa e outros adereços de criança, que permitem qualificar a
coleção de traje do Museu Municipal de Benavente, como uma referência pela sua
representatividade.