Exposição MEMÓRIAS NO FEMININO, objetos com história

Hoje dia 8 de março, às 18.30 horas, assinalamos o DIA INTERNACIONAL DA MULHER com a exposição MEMÓRIAS NO FEMININO, objetos com história. A inauguração terá um momento musical muito especial, com a participação de CAROLINA MOURA e LAURA MACEDO.







Objetos com história
memórias no feminino


Procurámos objetos que nos contassem histórias, que nos ajudassem a ler outros universos através dos olhares, das mãos, das vidas e do tempo de muitas mulheres. E, através de tantos objetos tão diferentes sentimos a enorme complexidade que existe em todos nós e também as muitas ligações que nos aproximam.
Sentimos como ser heterogéneo, diverso e plural é um privilégio do qual não queremos nunca abdicar. Independentemente do género, da cor da pele, da cultura ou da posição social somos de uma grande família onde todos nos encontramos e nos complementamos.
Através da exposição propomos olhar para além de nós próprios e descobrir também em nós aquilo que nos estimula, emociona e identifica nos outros.
Vamos à descoberta.


Agradecemos a colaboração de tantas mulheres que trouxeram até nós os objetos que contam as suas histórias e que nas suas vidas são plenos de significado.
Obrigado pela partilha.



O Dia Internacional da Mulher

Há 110 anos foi sentida a urgência de assinalar e comemorar um Dia Internacional da Mulher com o objetivo de chamar a atenção para as condições de vida e de trabalho das mulheres e ainda pelo direito ao voto. Até hoje reconhecemos que muitas foram as alterações ocorridas no cenário mundial e como foram tantas as conquistas das mulheres no domínio familiar, social, politico ou económico independentemente das diferenças étnicas, linguísticas ou culturais. Contudo, esta é uma matéria que hoje, pelos piores motivos, continua a marcar os nossos dias.
Desde o dia 1 de janeiro de 2019 foram mortas 12 mulheres e, todos os dias, são detidas 2 pessoas suspeitas de crimes relacionados com a violência doméstica.
De acordo com um estudo sobre a igualdade do género, uma mulher tem de trabalhar 14 meses para obter um rendimento igual ao que um homem obtém em 12 meses.
Um estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), refere que Portugal é dos países em que se nota uma maior diferença entre homens e mulheres no que respeita ao tempo dedicado a trabalho não remunerado, ou seja, tudo o que está relacionado com tarefas domésticas e cuidado dos filhos, correspondendo a cerca de mais quatro horas diárias.
Os direitos iguais perante o trabalho e a sociedade, sobretudo quando nos referimos ao meio familiar, ainda representam para muitas mulheres situações não tangíveis e que se fazem refletir de forma muito grave no seu quotidiano. O elevado número de casos tornados públicos, seja através da comunicação social ou das redes sociais, fizeram saltar para a ordem do dia assuntos que saíram da esfera privada.  Embora hoje chegue até nós tanta informação trágica sobre mulheres vítimas de violência doméstica, na verdade continuamos inoperantes fazendo radicar estes comportamentos em questões de natureza cultural.
Hoje, como ontem, temos o dever de educar os nossos filhos e filhas no respeito por si próprios e, consequentemente, pelos outros.




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